Friday, September 23, 2011

"Vens para aqui pavonear-te com camisola amarela
Deixa de lado a poesia porque eu não preciso dela
Pega-me com precisão, deixa-me deixar-te vir
Sabes bem isto é tesão, não vale a pena fingir

Um dia destes acordas com saudades do futuro
Salta logo de uma vez antes que se parta o muro
Sempre que te controlares esqueces mais um bocadinho do que poderias ser
Deixa lá de ser mesquinho
Despenteia-me o cabelo faz de mim gato e sapato

Põe de lado a cantoria anda, vá, não sejas chato
Controla-me os passos todos, assedia-me o destino
Faz-te passar por gatuno ou um cruel assassino
O que mais queres que faça? o que mais posso eu fazer?
Sabes que eu sei que queres e não há tempo a perder

Beijo-te primeiro, depois mordo até doer
Puxas-me o cabelo e eu quero obedecer
Vagarosamente dou por mim aos trambolhões
Sigo cegamente todas as provocações
Tranco a minha boca, grito, muda, deixo-me ir
Quero que me sintas distante, a descair.

Vens para aqui pavonear-te com camisola amarela
Deixa de lado a poesia, eu não preciso dela
Pega-me com precisão, deixa-me deixar-te vir
Sabes bem isto é tesão não vale a pena fingir

Um dia destes acordas com saudades do futuro
Salta logo de uma vez antes que se parta o muro
Sempre que te controlares esqueces mais um bocadinho do que poderias ser
Deixa lá de ser mesquinho, deixa lá de ser mesquinho."

Pavonear
A Caruma

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