Wednesday, April 18, 2007

Tudo se pode esconder



Gosto de ti, entre uma mentira e outra.
Minto sim. Escondo-me de ti, não te falo...não te digo, não te posso dizer. Não queres ouvir, percebes? Não me deixas dizer-te...
Gosto de ti. Não preciso de meses para o fazer (como tu).
Não preciso de um motivo (o motivo és só tu).
Não preciso de me contorcer de dores para o mostrar, não preciso exibir que o meu mundo sem ti não me entusiasma, precisamos entusiasmo para viver, para sair da cama todos os dias e enfrentar o que nos espera (tu não tens, eu quero tê-lo, para ti)
É preciso ser amor o que sinto?
Não sei se é então...
Mentiria mais se te dissesse que sim...porque eu não sei essa resposta. Porque eu também me recuso a dizer que amo, porque é cedo, sabes? É sempre cedo quando a palavra amor nos surge no coração. Se a dissesse, acharias ridículo. Não me aches ridícula, não te rias assim das minhas confissões fieis.
Se é amor? Diz-me tu. Diz se eu pensar em ti todos os dias, se achar que me fazes sombra de tanto que te sinto perto, diz se isto é amar. Talvez não. Se eu te sentir a respiração quente no meu pescoço, arrepiar-me à tua passagem despercebida, se eu dormir contigo dentro do meu abraço (tu nunca me tocas),
protegido pela noite...diz-me se é amor.
Diz se é amor o que sinto, antes que eu prefira ficar doida.
Gosto de ti, numa mentira que criei para não te perder. Para não saíres de perto de mim.
Onde te quero cada vez mais.


Já prefiro conhecer-te.
Vou perguntar-te.
A tua resposta vai magoar-me... e eu,
(não vou suportar a tua perda)
Vou sorrir.

Mas diz.



/eu própria


No comments: